A Superintendência da
Polícia Civil da Capital (SPCC) apreendeu quase 50 máquinas caça-níqueis em São
Luís nas últimas 24h. As apreensões ocorreram nos bairros Araçagi e Cidade
Operária após denúncias anônimas. Funcionários das duas casas de jogos de azar
foram encaminhados às delegacias da Cidade Operária e Cohatrac. Na fachada de
um dos bingos, era anunciada a venda de outros produtos: frutas doces. Dos 36
pontos denunciados, 28 ainda faltam ser vistoriados pela polícia.
De acordo com o
superintendente de Polícia Civil da Capital, delegado Sebastião Uchôa, a
repressão a esse crime tem sido maior. “É uma resposta ao crime organizado
nacionalmente e localmente de que a polícia vai continuar com a repressão ainda
que haja apenas uma máquina funcionando, uma fez que, além de ser uma
contravenção penal, tem destruído lares, idosos, crianças, adolescentes e
muitas famílias. Nós temos sido procurados por idosos, aposentados, por mães e
pais desesperados por pessoas que estão dependentes, furtando objetos de casa
para jogar nesses pontos, o que reforça a ideia de que a política de repressão
vai continuar sendo feita”, afirma.
Ainda segundo o delegado,
“mexer no bolso” dos criminosos ajuda, também, no trabalho de repressão ao
crime organizado, já que cada máquina caça-níquel custa entre R$ 3 mil e R$ 5
mil.
Estrutura nacional
Questionado a respeito dos
proprietários das casas de jogos de azar, que, geralmente, não são presos ou
são representados apenas por gerentes ou funcionários, o superintendente
afirmou que isso pode caracterizar uma ligação com uma estrutura nacional do
crime organizado e que teria relação com os crimes de corrupção, formação de
quadrilha, contrabando e descaminho. “É uma estrutura nacional, com
ramificações em vários Estados. A teia de arrecadação é milionária. Fora a
sonegação de impostos e lavagem de dinheiro”, diz.
Sebastião Uchôa defende uma
mudança na tipificação do crime, para que não se permita fiança. Atualmente, é
feito apenas um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), ou seja, um registro
de fato tipificado como infração de menor relevância. A respeito do
armazenamento das máquinas caça-níqueis, a SPCC tenta um acordo com o
Judiciário para que os aparelhos sejam destruídos o mais rápido possível, já
que os pátios das delegacias já estão superlotados.
Denúncia
A população deve denunciar
os pontos de jogos de azar pelos telefones da SPCC: (98) 3214-3722 e (98)
3214-3725. O Disque-Denúncia, também, recebe informações sobre o crime, pelo
telefone (98) 3223-5800. O serviço funciona 24h e não é necessário se
identificar.
(Postado por Carlos Alberto Mendes Filho).
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